sexta-feira, 9 de abril de 2010

A fraqueza do homem e a submissão da mulher.



A idéia bíblica de submissão da mulher, para muitos, não seria aplicável aos dias de hoje. É fato que a mulher alçou na sociedade papéis que antes não possuía, e que o contexto social, em comparação com o tempo em que foram escritas as cartas de Paulo, mudou bastante. Deve ser levado em conta que esse mesmo contexto social foi em grande parte alterado pela má influência da filosofia feminista, que merece comentários à parte.
Tal assunto, contudo, preferi comentar de forma incidental dentro de outro, que é a fraqueza do homem.
Desde os tempos primordiais até os dias de hoje, o papel da mulher na vida de um homem foi decisivo para construção da história da humanidade, e do próprio homem individualmente. Essa relação, entretanto, parece demonstrar certa fragilidade do homem perante a mulher, ao contrário do que se costuma dizer ou afirmar, afinal, o que se diz é que a mulher é o sexo frágil. Eu particularmente não discordo desta afirmação, mas quando o “sexo frágil” resolve medir forças com o “sexo forte”, aquele, estranhamente, por vezes tende a prevalecer.
Grandes apuros sofreram os homens quando se deixaram envolver pelas tramas femininas, por seu poder místico. Analisemos isto pela história sagrada. Estavam Adão e Eva no jardim, e ambos conheciam bem a proibição de não comerem do fruto do conhecimento do bem e do mal. Mas Eva foi enganada pela serpente, ou seja, não agiu dolosamente, mas foi induzida a erro, mesmo que escusável. Já Adão não, provou do fruto oferecido por Eva sem ter sido enganado, agindo dolosamente contra a ordem divina. Se este exemplo soa alegórico e de difícil visualização prática, tomemos outro exemplo: Sansão e Dalila.
Conta o relato Bíblico que Sansão era um homem invencível, uma espécie de Sigurðr (personagem da mitologia nórdica invulnerável a danos físicos), com o adicional de ter uma força descomunal, inimaginável para um ser humano comum. De fato a sua força não era natural, era sobrenatural, e os inimigos de Sansão, por notarem isso, não admitiam que alguém tivesse aquela força como um atributo natural, desconfiando que Sansão possuísse algum segredo, o segredo para a força. Foi ai que entrou a personagem Dalila. O relato bíblico narra que ela insistiu tanto, mas tanto, que Sansão sentiu angústia de morte (Juízes 16. 16) e lhe revelou o segredo, que, por sinal, culminou em sua morte precoce. O homem mais forte de todos os tempos foi vencido por um poder indescritível, um poder que a mulher exerce sobre o homem, e que pode ser usado contra ele.
Outro exemplo trágico foi Davi, o homem segundo o coração de Deus. Por uma mulher, o homem segundo o coração de Deus foi capaz de agir segundo o coração do próprio Diabo (se é que este possui um) e articular um adultério e depois um homicídio (2 Samuel 11). Davi cometeu crimes passíveis de morte e não fosse o Rei conhecedor da teleologia da lei do Senhor, teria sido condenado e este seria o fim de sua história.
Há muitos outros exemplos semelhantes na Bíblia que poderiam ser relatados, mas cabe destacar o de Salomão. O grande sábio e sucessor do trono de Davi foi o que melhor descreveu as agruras que um homem pode padecer nas mãos de uma mulher, pois o próprio padeceu. E não foi por falta de conhecimento ou por falta de exemplos, mas simplesmente porque Salomão se colocou sob os auspícios deste estranho poder feminino. Um poder que pode certamente destruir o homem.
Em Eclesiastes 6.26, Salomão diz – “E eu achei uma coisa mais amarga do que a morte: a mulher cujo coração são redes e laços e cujas mãos são ataduras;
Dessa forma, sempre quando o homem cede a soberania de seu coração a uma mulher, grande queda esse homem está sujeito a levar. Em outras palavras, observa-se que sempre que o homem se tornou submisso a este poder existente na mulher, o seu fracasso foi irremediável. Usando ou não de manipulação, conscientemente ou não, a mulher exerce um poder sobre o homem, um poder que, a meu ver, só pode ser mitigado por uma atitude da própria mulher, tornando-se ela submissa ao seu marido.
A submissão da mulher, portanto, não é decorrente de sua fragilidade, mas de seu poder, que se não controlado, torna o homem amargurado de espírito, impede o seu crescimento e desenvolvimento social e espiritual, e culmina no seu fracasso, no da própria mulher, e no da família como um todo.
E é sobre este poder que o feminismo tem se apoiado e desenvolvido. Se antes a mulher o exercia, na maioria das vezes, inconscientemente, sem dolo de manipulação, hoje a mulher é incentivada a usá-lo de forma consciente contra o homem. Tal poder exerce tal influência na sociedade atual que todo o equilíbrio natural está comprometido. Isso implica dizer que a submissão da mulher ao homem não é mais garantia de uma família estruturada e sadia, pois a estrutura psicossomática do próprio homem moderno (ou pelo menos da maioria) não mais se adéqua a este modelo. O homem moderno é diferente (tal como ilustra a cômica figura), e as chances dele ter sucesso na vida conjugal hoje são mínimas.
Impende ressaltar também que a submissão, nos dias de hoje, inevitavelmente se relativizou. Na verdade, essa relativização da submissão é imperiosa para que a própria vida possa seguir seu curso, pois nem homem nem mulher são mais os mesmos. Quando a mulher adquiriu responsabilidades, o efeito colateral foi que o homem se tornasse irresponsável, forçando a mulher, para ver seus filhos crescerem e se desenvolverem (a despeito dos problemas familiares advindos desta situação), a assumir as obrigações antes típicas dos homens, e neste caso, difícil seria a submissão, pois a mulher estaria se sujeitando a própria destruição e a de sua prole.
Nos tempos de Paulo, a mulher tinha funções distintas do homem, o que não significava desigualdade entre os sexos. As funções eram distintas e harmônicas e davam a forma ideal para a família naquela época. A mulher, em termos civis, era como o adolescente nos dias de hoje, relativamente incapaz. O titular da capacidade de exercício de direitos era o homem e era ele o responsável pela família. Enquanto a responsabilidade da mulher se dava especialmente de forma centrípeta (para dentro de casa), a responsabilidade do homem se dava especialmente de forma centrífuga (para fora de casa) nas relações do organismo familiar, representado pelo homem, com a sociedade. Talvez essa tenha sido uma das razões que motivou o Apóstolo Paulo a proibir que as mulheres falassem nos cultos públicos (1 Coríntios 14. 34,35), pois além de cercear o poder místico exercido pela mulher sobre o homem, estaria conservando a ordem no culto. Como exemplo, imaginemos que um adolescente de dezesseis anos tenha dito algo escandaloso e polêmico em culto público. As conseqüências e pressões sociais recairiam sobre o pai de família, e não tanto sobre o adolescente. Da mesma forma se dava com as mulheres naquele tempo.
É bem evidente que certas recomendações de Paulo só fazem sentido dentro daquele contexto social, tal como o uso do véu na igreja. Os costumes mudam, mas a igreja deve preservar sempre a essência dos mesmos (valor moral contido no costume), que é imutável.
O que seria então esse poder místico exercido pela mulher? Restrito de mais seria, a meu ver, limitá-lo a sensualidade. Há algo mais, algo realmente indescritível. Por essa razão, cabe as famílias cristãs educarem seus filhos homens para serem realmente homens, e suas filhas mulheres para serem realmente mulheres. Creio que o contexto social atual permite (às vezes até exige), sem prejuízo dos valores bíblicos, que a mulher vote, trabalhe para ajudar nas finanças do lar, e tenha participação mais efetiva nos cultos públicos. Contudo, a linha entre o correto e o incorreto passou a ser extremamente tênue, e a conduta tende a se aproximar mais do incorreto à medida que a mulher abandona suas funções típicas para assumir funções atípicas, o mesmo se aplicando aos homens. Dependendo do caso, admite-se que a mulher assuma funções atípicas até certo limite (quando não houver prejuízo para o casamento e para formação dos filhos). Haverá casos, contudo, que mulher ou homem terão que arcar totalmente com funções típicas e atípicas, pois na sociedade moderna, pessoas levam para seus matrimônios os seus problemas crônicos (julgo desigual), que exigem inevitavelmente a adequação dos conceitos. É o caso do pai de família que só bebe e não trabalha. Neste caso, é difícil que não haja algum prejuízo para a estrutura familiar, mas se a idéia de submissão da mulher a este marido não fosse relativizada, o prejuízo seria ainda maior.
A mulher ideal é aquela descrita em Provérbios 31.10 – “Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de rubis. O coração do seu marido está nela confiado, e a ela nenhuma fazenda faltará. Ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida.”
Ela até conhece o seu poder, mas não o usa em seu próprio benefício, pois o seu bem é o bem de seu marido. Talvez haja também no homem algum tipo de poder semelhante sobre a mulher, que deve ser mitigado em amor, tal como determinou o apóstolo Paulo: “maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja (Efésios 5.25).” Cristo é o exemplo, pois detendo toda autoridade, dispôs-se a servir. Quando ambos os sexos renunciam ao seu poder egoístico sobre o outro, surge o equilíbrio ideal para o desenvolvimento familiar.

3 comentários:

  1. olá ! só passando pra dizer que li seu comentário no Dito . Seja bem vindo para continuar comentando e fico mais do que feliz em conversar e discutir idéias. Não publiquei porque de fato nunca quis fazer do Dito um espetáculo, como vc mesmo colocou. Fiquei livre para ler o blog; lá vc vai encontrar minha opinião sobre o assunto e sobre muitos outros.O blog não se trata disso, mas de outra coisa que infelizmente pouca gente se dá conta. O tema grudou-se em mim por decisão dos outros e não minha. Não fiz nenhuma declaração à respeito, mas dá prazer à população filistéia assim pensar.Gostaria muito de publicar seu comentário porque, ao contrário de muitos outros, é decente e equilibrado. Convivo bem com opiniões diversas, inclusive com amigos íntimos e querido que não compartilham do meu pensamento. Talvez vc quisesse ler meu post chamado " A Excomunhão" e vc poderá entender melhor meu posicionamento na vida..e ele nada tem a ver com as igrejas da terra. um grande abraço!

    rafael.

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  2. este é o referido post:
    http://ditoedizer.blogspot.com/2009/09/excomunhao.html

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